
Alegria é o que não falta!





Um pouco da história dos descendentes de Benedito e Laura
Alegria é o que não falta!
Moema
Assim foi feito.
A fé foi tão grande e o som daquele sino foi tão bonito que o que seria o fim dos tempos foi apenas o fim de um dia e o fim de mais um ano.
Naquela noite o imperador aproveitou para pedir a seu povo que buscasse, sempre, os sete diferentes tipos de paz.
O Tadeu e o Samuel e o Tomás Maia e todos nós também devemos buscar estes sete diferentes tipos de paz.
Tadeu, Samuel e Tomás
O primeiro para dentro de si. Consigo próprio, na saúde do corpo, na lucidez da mente, no prazer da vida, na correspondência de seus amores. Sem paz consigo, não se está em paz.
A segunda é para cima. Com os espíritos dos antepassados, com a vontade suprema. Se não se está em paz com o mundo sobrenatural, com a metafísica da existência, a paz fica incompleta.
A terceira é para frente, com o seu passado, como sabe desde remotos tempos o povo Aymara. Com remorsos, culpas dívidas – principalmente as morais – não pagas, arrependimentos – inclusive do que não fez – não se está em paz.
A quarta paz é para trás, com o futuro. Quem tem medo do que virá, está assustado com dívidas a pagar, com o emprego incerto, esperando más notícias, não está em paz.
A quinta é para o lado esquerdo, com seus próximos. Sem a paz familiar não há paz. A disputa doméstica, o descontentamento com familiares, tira o sentimento de paz.
O sexto é para o lado direito, com seus vizinhos. Não adianta a paz em casa se, do outro lado da rua, estão a ameaça, a maldição, o descontentamento.
A última paz para baixo, com a terra em que se pisa, de onde virá o nosso sustento. Se vier tempestade, se o solo secar ou tremer, não haverá paz.
Somente assim a paz será completa.
Muitos e muitos anos depois daquele primeiro dia de um Ano Novo o poeta Carlos Drummond de Andrade, que nasceu no dia 31 de outubro, mesmo dia do aniversário da Maria Queiroz Maia, escreveu:
Maria
“O último dia do ano
Não é o último dos tempos
Outros dias virão.”