segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Aniversário do Oiram

Escrito por Olívia Maria, tia do Oiram:


"Quando li a última noticia do blog fui tomada de uma certa estranheza. Lá dizia: Ufa! Em fim chegamos ao último aniversariante do mês, gerados no fuc-fuscs, nheco-nhecos...

Êpa ficou alguém pra trás, pensei . Hi! e o meu (nosso) querido “Ô” onde está? Bateu uma saudade permeando todo meu Ser. As lembranças daquele menino travesso que ficava atrás das portas de minha casa com a Marina, minha filha, morrendo de rir e fazendo coro quando eu cantava “A todo mundo eu dou psiu, psiu, psiu!!! perguntando por meu bem (e eles respondiam Psiuuuuuu, fazendo caras e bocas!)”, varreu-me a mente e o coração.

O menino que ria fácil e dançava difícil. Pois é, sinto muitas saudades do Oiram. Tenho um profundo carinho e muita admiração por ele. Bateu asas e foi voar em outros ares... Barcelona/Espanha... mas está sempre em minhas lembranças e no meu coração.

Nossa! só percebi agora que comecei de trás pra frente – faltou a apresentação para os que não o conhecem: Oiram, nasceu em 15 de dezembro de 1974, filho do Mário César e Anita, neto de Tancredo e Maria e irmão do Alberto, Atina, Dani e Mário Junior, tio da Lua Clara e Pilar. Prá você, “Ô” muito querido, beijos muitos, afagos vários, e votos de 2008 cheio de realizações, saúde e muuuuuuuiitas alegrias."

Oiram , à direita, com seu irmão Alberto, aprontando no Carnaval







Oiram, "pedalando" em Berlim

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Aniversário do Mário Augusto

Ufa, chegamos no último aniversariante do mês de dezembro. Aqueles fuc-fucs e nheco-nhecos renderam bons frutos que tê se desdobrados e galhos e galhinhos desta imensa árvore Trupe Maia Pega-pinto.
Em 28 de zembroi de 1956, em Rio Branco/AC, nasceu o Mário Augusto Maia de Queiroz, filho da Zilma e Antônio Júlio. É pai do Júlia, da Lia, da Iara e da Ludmilla e avô coruja do Mário José e Ana Júlia. Nosso mais afetuoso abraço e votos de muitas alegrias neste Ano Novo.


Eliana e Mario Augusto

Mario Augusto e Tancredo

Mario Augusto e Dedê

Mario Augusto, em julho de 2006







terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Aniversário da Nayara

No dia 25 de dezembro de 1987 nasceu a Nayara, filha da Iaramara, neta do Tancremildo e Rosa.
Além da beleza (Alexandre, cadê a foto recente?), da meiguice e da voz maravilhosa, a Nayara tem uma particularidade que a distingue: é a primeira bisneta do Tancredo e Maria, assim como a Iaramara foi a primeira neta dos dois.
Para a Nayara tudo de bom, com muita paz e muito amor no coração.



Nayara e Velho Tancredo, em 2001







sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Quem sou eu? Dedê Maia - última parte

A última parte do depoimento da querida Dedê, com grandes revelações:

"Em 1973, o casamento com o pai dos meus filhos foi desfeito depois de algumas idas e vindas, com amarras que pareciam nunca mais se soltar. (me desculpem, mas esse é um capítulo doloroso, com muitos espinhos, eu vou pular). Desse tempo apenas registro o meu fascínio e minha adoção ao movimento\filosofia “ripe”, levantando a bandeira “paz e amor”.

Em fim, retornei para Rio Branco.

Nesse retorno, por ironia do destino, fui morar em um bairro chamado Floresta. Poucas casas e a maioria dos moradores eram “colonheiros” (famílias que moravam em pequenas extensões de terra denominadas de colônias). Eram antigos seringueiros que migraram dos seringais em decadência, decorrência da expansão da frente agropecuária que começou a se instalar no Acre com toda a sua força no início da década de 1970 e passaram a sobreviver de uma pequena criação de animais domésticos e agricultura de subsistência dentro dessas colônias.

Os encontros com esses vizinhos de conversas amistosas, relatos recheados de lembranças dos seringais a luz da lamparina que ardia às narinas fizeram com que ressurgisse meu interesse em retomar a trajetória do “magistério político” interrompido com meu casamento e com o golpe militar em 1964.

A alguns membros dessas famílias comecei a ministrar aulas a noite. As aulas eram gratuitas, mas compensadoras em vê-los felizes ao descobrirem os códigos da escrita e da leitura. Creio que a paixão pelo magistério foi influência de minha mãe, dedicada professora de grande parte dos acreanos em diferentes décadas. E o “magistério político” foi uma conseqüência de minha formação “Paolofreireana”.

Foi nesse tempo que encontrei o antropólogo Txai Terri Valle de Aquino (pai do Lucas Mana). Foi paixão a primeira vista. Nem tanto pela sua figura física. Estatura mediana, quase raquítica, como todo bom nordestino e acreano de coração e alma. No entanto, logo conquistou um grande número de admiradores (e seguidores) pelo seu estudo e trabalho em defesa dos povos da floresta. Eu fui uma delas.

Dele ouvi os relatos de suas andanças pela floresta, dos povos que ali habitam e suas histórias marcadas a ferro e a fogo como gado. Esse encontro redespertou a consciência de minha história e de minhas raízes também indígenas como todo o povo acreano. Naquele momento da minha vida foi uma luz no final do túnel!

Foi assim que em 1977, após morar três anos em Brasília onde fui tentar dar continuidade aos meus estudos, a convite do Txai Terri e de minha irmã Concita (na época casada com Txai Terri) ajudei a pensar e a implantar a primeira escola indígena letrada entre os Kaxinawá do rio Humaitá, município de Tarauacá. E lá fui eu, empurrando canoa, recheada de ansiedade, receios, mas também determinação e muitos sonhos. Um deles era contribuir para uma vida mais digna e humana entre os povos da floresta. Estou escrevendo essa história, tendo como referência meus diários de campo desse tempo e breve publicarei com o título “Viagens pelos Rios do Interior”. Aguardem!

Durante o retorno dos Kaxinawá, povo que se autodenomina de Huni Kui, (Gente Verdadeira) início de 1979, eu, Concita e vários outros companheiros fundamos a Comissão Pró Índio do Acre na qual trabalho até os dias de hoje como assessora do programa de educação - “Uma Experiência de Autoria” e coordenadora do Centro de Documentação de Pesquisa Indígena dessa referida entidade. Porém esse ciclo está sendo fechado. Serei Pró Índio eternamente e em qualquer lugar, pois não é algo institucionalizado dentro de mim e sim habita a minha consciência e o meu coração. Pretendo ainda realizar alguns trabalhos através do governo do Acre, do qual sou funcionária desde 1988, lotada na Fundação Cultural e em seguida pensar na minha merecida aposentadoria. Tenho outros sonhos a serem realizados ainda nessa passagem terrena. Espero poder realizá-los.

Esse trabalho pela nossa floresta de jóias foi de muitos aprendizados e me proporcionou viajar e conhecer os rios do interior (nos dois sentidos); encontrar meu amor “primor de flor” depois de dois casamentos frustrados. Pensei que fosse para toda a vida. Depois aprendi que “para toda a vida” não significa “para sempre” nessa vida terrena. Ficou para sempre no coração. Como um passarinho bateu asas e voou. À distância aprecio os seus vôos e torço pela suas conquistas e vitórias.

Essas andanças também me permitiram mergulhar nos mistérios e nas forças dos altares do ritual do Nixi Pae, Camarãmbi, Huni, Ayuaska (os ocidentais chamam de Santo Daime), aprendizados que fortaleceram mais ainda o meu respeito pelos povos da floresta; pela vida espiritual; pelos meus laços familiares. Ainda revitalizaram o meu fascínio pelas artes e pelas histórias dos encantados quando mergulhei nas pesquisas sobre a arte do kene do Povo Huni Kui. Kene na língua desse povo significa desenho, escrita. São padrões gráficos encontrados em suas pinturas corporais, nas cerâmicas, na tecelagem em palha e algodão. Segundo uma das histórias de origem foi Yube, um Huni Kui encantado na cobra Jibóia quem deu esses conhecimentos para eles. Essa pesquisa além de ter me alimentado com conhecimentos vários, me incentivou ainda a brincar com o barro e criar miniaturas em argila e me lambuzar de tinta pintando algumas telinhas. Preciso levar esse trabalho mais a sério, como diz minha irmã Concita. Eu chego lá!

Esse convívio com os povos da floresta ainda fortaleceu em mim o valor de se ter amigos; o respeito pelos inimigos; a reverência pela a mãe natureza; o olhar o mundo com os olhos do coração; ensinaram-me que a chuva só cai no seu tempo certo; que a paciência e a perseverança são as chaves da realização. Isso tudo lapidado aos pouquinhos, perseverando sempre, pois os cancros enraizados pelas vivências infelizes e equivocadas ao longo da vida são profundos.

Eu sou esse ser, porém cheia de defeitos vários ainda. Contudo procurando e perseverando em superá-los, ou pelo menos entendê-los a fim de minimizar as conseqüências. Sou um ser que ainda embala alguns sonhos; que gosta da sua solidão (sem ser solitária); que ainda se encanta com o entardecer e o amanhecer do dia; adora os passarinhos; conversa com as plantas; que se emociona com cada flor que brota em seu jardim; que acredita em Deus; acredita que essa vida aqui é uma passagem; que viemos de um mundo espiritual e para lá iremos retornar; que se preocupa em entender a sua missão aqui nesse planeta Terra e fazer o melhor que puder. Sou um ser descrente dos políticos (já fui militante do PT em sua formação); sou a favor da democracia leal e transparente; sou pelo amor; sou pela paz!

Posso dizer que sou um ser feliz, ao lado dos meus filhos, dos meus netos que são “doces” que se somam aos “doces” de minha infância e que ajudam a adoçar a minha “velhice”. Sou feliz por ter tantos entes queridos e por fazer parte dessa trupe Maia Pega Pinto da qual muito me orgulha em pertencer.

Agradeço a Deus, todos os dias, por tudo isso!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Chuva, lago, peixe e escola

Texto especial de Maria Maia, a Mariazinha, em homenagem aos 85 anos do Careca, também conhecido como Milton Maia:

"Inverno amazônico. A chuva cai a tarde toda. Estou no Cabuletê e minha alma se molha como as árvores que meu pai plantou durante 30 anos lá fora: as castanheiras - uma delas será sacrificada pois cresce demais e está na passagem e se o ouriço cair lá de cima pode matar um. Mas tem outra lá atrás. E tem seringueira, cumaru-de-cheiro, mogno, cedro, imbaúba, samaúma, dendê, jatobá, abil, cajá, cupuaçu, copaíba, faveira, côco, coquinho ouricori, tucumã, pupunha, buriti, carambola, graviola, manga, ata, acerola, açai, abacaba, marupá, ixória, helicônia, viuvinha, lírio, acácia, orquídea bambu, antúrio, azaléia, flamboyant, cacto, maria-sem-vergonha, catinga da mulata, begônia, maravilha, manacá, alpinha, alamanda, cheiro-verde, rúcula, tomate, capeba, jambu, gengibre, taioba, cará, erva cidreira, manjericão, chicória, salsa, alecrim, açafrão, boldo, alfavaca, capim-santo, hortelã, menta, pimenta...chá, chá, chá. Meu pai criou no Cabuletê um pulmão verde para compensar o seu, consumido pelo enfisema que o cigarro lhe deixou. Com este pulmão resistiu 30 anos, até morrer aos 83.



Vista do Cabuletê


Taioba da folha branca, no banheiro do Cabuletê
Ah! o velho Careca. Quase analfabeto, teve de deixar a escola aos 10 anos para trabalhar na coleta de castanha. Filho do velho Benedito que ganhou o apelido de Pega-pinto graças ao refresco que fazia com a raiz de... pega-pinto. Jura minha mãe que o pega-pinto é mais que um remédio: limpa o sangue. Nesses tempos de coca-cola zero e água adicionada de sais seria muito bom provar o velho refrigerante que o vô Benedito vendia no Tentamem.
Não conheci meu avô. Morreu cego, ditando poemas pros filhos copiarem. Não devia ditar pro meu pai, coitado, pois este sofria do grave defeito de ser canhoto, pecado jamais perdoado pelos mestres da escola onde ia com um pé calçado e o outro descalço, tingido de urucum. Precisava dividir o sapato com o irmão que usava do mesmo estratagema. É, o Benedito poeta e vendedor de refresco de pega-pinto não tinha mesmo dinheiro pra comprar os sapatos todos dos meninos e o grupo escolar não perdoava. Só entrava calçado. Então o jeito era fazer de conta que o outro pé estava machucado. Acho que veio daí o hábito de meu pai de usar a imaginação. Era um contador de história nato. Mais. Era um criador de história. A do bebê, encontrado chorando na porta do cemitério - o Benedito morava com os filhos ao lado do cemitério - quando ele voltava de uma festa arrepiava meus cabelos de menina, quando ia dormir. Pois ele resolveu levar o tal bebê ao mercado, naquela madrugada de friagem cortante, na esperança de encontrar uma alma caridosa que ficasse com o menino. Colocou então a criança morta de frio debaixo do capote e seguiu. No meio do caminho ele resolveu abrir o capote pois o menino começou a pesar. Pois não é que o danado já não era mais bebê, mas o próprio capiroto e arreganhou os dentes, num sorriso de vampiro? O Careca, abandonou imediatamente o coisa ruim e saiu em desabalada carreira. Ao se aproximar da catedral viu na esquina uma pessoa. Pensou, ufa! finalmente, uma alma viva! E lá se foi contar a história do menino desamparado que pesou no capote e arreganhou os dentões enormes de vampiro danado. Pois o homem virou-se para meu pai e abrindo um sorriso falou: e não serão estes dentes aqui, não? Pena que o Careca não pode continuar na escola. Pois além dos sapatos o grupo escolar exigia que os alunos fossem destros. Canhoto tinha que passar a aula toda com o joelho no milho ou com a mão esquerda para cima, como numa saudação hitlerista. Além de receber palmatória até que abandonasse o perigoso "vício" de escrever com a mão esquerda. Resultado, o Careca fugiu da escola e o Benedito não reclamou, já que ele ajudava em casa carregando latas de castanha nas costas. Careca cresceu fora da escola, mas virou sábio. E casou com a Raimunda, filha de soldado da borracha aqui chegada em 44, aos 11 anos.
Raimunda e Careca
Tia Raimunda
Ela também não pode ir pra escola por muito tempo. Os 6 filhos foram chegando um em cima do outro e Raimunda não tinha tempo de estudar pois além dos filhos ele ajudava o Careca na Casa do Pão, hoje belíssimamente reconstruída lá no novo Mercado Velho. Mas de pão em pão o Careca e a Raimunda deram formação universitária para todos os 6 filhos. Eu mesma, estudei um bocado, mas não consegui alcançar a sabedoria do velho Careca. Foi um ecologista antes do tempo. Além de plantar pra respirar, distribuia mudas por toda a cidade. Foram mais de 200 mil, ao todo, desde que criou a Reflorestadora Silvestre, batizada poeticamente com o Silvestre que Raimunda carregava quando solteira. Aqui no Cabuletê não deixava matar bicho algum.
Nem caranguejeira nem cobra.
Cobra, com 3 metros, da criação do Careca no Cabuletê
Caranguejeira, da criação do Cabuletê, que nos visitou no dia
do aniversário da Matriarca Zilma, em 29 de julho de 2006
Antes da estrada passar, pois há sempre uma estrada que passa para atrapalhar, tinha um açude onde criava tambaquis, pirarucu, jacaré, tilápias, carpa, curimatã, pacu e o que mais pudesse, só pelo prazer de distrubuir com os amigos e com quem mais viesse. Certo dia foi com meu irmão comprar uns alevinos pro açude. Ao invés do habitual milheiro que comprava todo ano, resolveu comprar 5 milheiros. Meu irmão estranhou, Mas pai, pra que tanto peixe? Não se incomoda, toca lá pro Amapá.
Tancredo Filho, Careca e Mariazinha, no Açude do Braga
E lá foram, os peixes, meu irmão e o Careca pro lago do Amapá. Lá chegando o Careca pegou os alevinos e jogou no lago. Diante do olhar espantado do meu irmão, falou: este lago deu muito o que comer pra minha família quando eu era menino. Agora tô devolvendo um pouco. E como era um pacificador nato, me disse um dia: dou graças ao meu mestre que me tirou da escola e me colocou a lata de castanha nas costas. Me ensinou a trabalhar bem cedo. É, o Careca não teve muito estudo mas, em matéria de sabedoria, desbanca muito doutorzinho por aí.
Alan Kardec e Careca, na praia da Base

As quatro estrelas do Oriente, segundo vô Benedito, em Cruzeiro do Sul, em 1953

Tancredo, Alan Kardec, Milton e Mário

(fotos do álbum de Tancredo Maia Filho)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Aniversário do Milton Maia, o Careca: 19 de dezembro

O grande Careca, também conhecido como Milton Maia, filho do Benedito e Laura, nasceu em 19 de dezembro de 1922 e faleceu em 13 de março de 2005.

A Mariazinha, sua filha caçula, vai mandar um texto para publicarmos. Enquanto aguardamos, publicamos a poesia que o vô Benedito fez para ele em outubro de 1946:




Rio Branco de Outubro de 1946

A Milton Maia

Ao chegar de uma viagem
Do idílio do meu sertão,
Gosando grata miragem
Das plagas de meu torrão.
Revistido de coragem
Cheguei em meu barracão.
Sou inviado de Deus
Por essa agendia do céu,
Recebo a minha benção

Na aurora desta manhã consegui minha missão
Em proveito da resulta, nas costas de um animal
O meu companheiro de luta no
Do exito original
Padindo a Deus saúde
E prolongada existência
Aucançar essa altitude
Amin isar a essas doenças.

Aos acordes de minha estrela
Gosei a brisa matutina
Viajando nessa estrada
Proceguindo o meu destino
Prestando os meus serviços aquele a quem quer que seja
Que possa ser contemplado,


E ficar sempre lembrado
De mandar-me essa serteza. Seja rico ou seja nobre
Seja pobre ou ser tordista
Ficara na realeza
As paginas desta revista

L.D. V P

B Maia

Aniversário da Marina: 19 de dezembro


Marina, Marininha, Marinoca, filha da Olívia Maria e do Téca, neta de Tancredo e Maria, nasceu em Brasília, em 19 de dezembro de 1976. Sua alegria contagiante encanta a todos; sua disposição para encarar os desafios merece respeito e admiração. Que o Ano Novo lhe traga tudo de bom.


Marina, a mãe Olívia e a irmã Januária





















Quem sou eu? Dedê Maia - 2ª parte

Continuamos com o delicioso relato da Dedê:
Quantas lembranças prazerosas! Lembro do dia que meus pais me deram de presente um piano. Era sonho deles que eu fosse uma pianista. Embora a escolha fosse dos meus pais foi com prazer e muita curiosidade que comecei a estudar esse fantástico instrumento e a freqüentar as aulas de D. Maria Costa que me dava tapas na mão quando eu errava a escala de dó ré mi fá sol lá si dó. Com essa metodologia carrasco não me animei muito. Nem poderia! Mais adiante passeia estudar com a professora Selva Leite, pianista que tocava órgão durante as missas na igreja. Era um olho na missa outro na pianista. Confesso que era mais na pianista do que na missa. Essa professora, ao contrário de D. Maria Costa, estimulava minha tendência a tocar de ouvido. Embora me incentivasse também ao estudo teórico e a prática das inúmeras escalas. Bem mais adiante fui estudar em um conservatório no Rio de Janeiro. Nesse espaço o estudo era mais rígido e meus vôos criativos foram severamente tolhidos. Perdi o tesão. Eu gostava mesmo era de tocar de ouvido ou ficar criando os meus acordes malucos os quais, de alguma forma, se harmonizavam. Sempre gostei de criar, ousar, desbravar, desafiar os limites que se apresentavam.

Nessa viagem de lembranças com várias nuances, a memória desenha com traços marcantes o carrossel de cavalinhos do padre José e padre Peregrino; os bodós e o chocolate quentinho coberto com mujangué da vovó Olívia, barracas concorridas nos divertidos arraias em frente à igreja São Sebastião. Desenha ainda os passeios noturnos na praça (quase sempre aos domingos) me encantando com as retretas produzidas pela banda de música da guarda territorial, especialmente com a tumba, instrumento que atiçava a curiosidade de toda a garotada.
E os doces do Chico Padeiro? Ah! Tenho certeza que esses adoçaram a infância de todos nós! E lá vem ele adoçando essas minhas lembranças! No seu tabuleiro de madeira era uma variedade que até hoje dá água na boca: bom-bocado, suspiro, cocada... Tinha um biscoito, redondinho com côco no meio que era o meu preferido.

As lembranças deslizam que nem canoa num rio de águas mansas e me vejo nas catraias que nos levava de um lado ao outro do rio, único meio de travessia dos moradores durante muitas décadas. No tempo das cheias do rio guardo também na memória a chegada das “chatas” e navios, embarcações que vinham de Belém ou Manaus e que eram a novidade da cidade, atraindo um grande número de pessoas a comprar as bugigangas dos marreteiros refinados ou simplesmente saciar a curiosidade provinciana. No tempo de verão, a memória desliza nos divertidos banhos nas praias da Base e Cadeia Velha. Os da Cadeia Velha, a maioria deles foram escondidos de meus pais, a fim de encontrar com a mãe d’água ou apreciar o bôto que encantava as mocinhas faceiras. Mais adiante os mistérios do rio eram outros diante dos meus olhos alagados de emoções e encantos. Num acesso de poesia escrevi:

Oh! Rio de água mansa que não cansa de correr
Carrega a flor da paisagem e o barranco a gemer

Quantos sonhos tu carregas? Quantas vidas tu repartes?
Oh! Rio de água mansa que não cansa de correr.

Meu coração vareja pelos rios do interior
E na força da floresta vejo os olhos da cabocla alagados de amor

Oh! Rio de água mansa que não cansa de correr
Carrega a flor da paisagem e o barranco a gemer

Minha infância foi assim, recheada ainda de histórias dos encantados que meu pai contava a boquinha da noite me fazendo sonhar sonhos nunca mais sonhados. Como é doce recordar esse tempo! Posso afirmar que fui uma criança feliz!

Em meados de 1957 mudança radical da minha família nuclear. Todos os membros foram para a cidade do Rio de Janeiro. Meus pais foram tentar a sorte. Aventuraram-se de mala e cuia, incentivados pelo tio Mário, irmão caçula de minha mãe que nessa época concluía seu curso de medicina no Rio de Janeiro.

Nesse tempo a maioria das mulheres não precisava estudar muito e sim arranjar um bom marido que lhe assegurasse o futuro. Com essa perspectiva medíocre e mercantilista concluí apenas o ginásio nesse tempo vivido na cidade maravilhosa que confesso também me encantou com suas montanhas, arranhas céus, praias imensas de areia branquinha e água muito salgada. Mas também foi um tempo difícil para todos nós: choque cultural; baixo poder econômico da família; desestruturação familiar (minha mãe foi obrigada tempos depois a retornar sozinha para Rio Branco a fim de ajudar a sobrevivência da família naquela selva de pedra); perda de bens materiais... O que mais lamento até os dias de hoje foi a perda do meu piano que entrou na dança para pagar dívidas que se avolumavam deixando a nossa família em situação muito difícil. Mas ficou a experiência e a lembrança de pais guerreiros que nos legaram esse exemplo de nunca desistir da luta e sempre recomeçar a vida quando necessário for.

Final de 1962, minha mãe resolveu levar toda a família de volta para nossa terra natal. Embora já pronta para casar e noiva de aliança e “enxoval” encaminhado retornei com meus pais para casar mais adiante.

Em Rio Branco desafiei o meu destino decretado e reiniciei meus estudos, escolhendo o magistério como minha meta profissional. Engajei-me num movimento de educação popular, liderado no Acre pelo sociólogo Hélio Cury e me empolguei com o “magistério político”, linha “paulofreriana” que comecei a estudar com entusiasmo. No entanto, em 29 de julho de 1963 a fim de fazer o gosto da família eu casei com Climério Rodrigues Coube, carioca e economista de profissão. Casei em Rio Branco, de véu e grinalda, com flor no cabelo feito coque que mais parecia um ninho de passarinho, segundo minha prima Olívia.

Meu casamento que reuniu toda a sociedade acreana foi realizado juntamente com o casamento de minha prima Creusa. Esse casamento me levou novamente para o Rio de Janeiro e mais uma vez meus sonhos profissionais foram guardados e adiados.



Dedê e Climério

Climério e Dedê, Nogueira e Creuza, com Dodora, à esquerda, como dama de companhia

Embora não tenha sido o grande amor de minha vida, Climério foi um companheiro com o qual vivi 10 anos e por ele tenho um enorme carinho, respeito e gratidão por ter me dado o que de mais precioso tenho em minha vida que são os meus três filhos: Maria Esther Oliveira Coube (42), Marcelo Oliveira Coube (40), Patrícia Oliveira Coube (38). Através de minhas filhas Maria Esther e Patrícia, Deus me concedeu o privilégio de ser avó de Lucas Coube Lemes (19) (filho de Esther e Lourival Lemes), Maria Clara (Filha de Esther e Fávio Fontes. Estrelinha que brilha no céu e que Deus levou poucas horas de nascer. Se fosse viva hoje teria 12 anos); Luiza Coube Fontes (5) (filha de Esther e Flávio Fontes), Antônio (5 ) e Francisco (4) (filhos de Patrícia e Paulo Borges), netos queridos, outras preciosidades que preenchem meu coração de todos os sentimentos bons.

Nossa! Como tenho história pra contar! Então vamos lá, pois estou inspirada. (continua)



Amanhã a 3ª e última parte deste emocionante, cativante e apaixonante relato.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Quem sou eu? Dedê Maia - 1ª parte

Relato de Djacira Maia:
"Essa é uma prazerosa e árdua tarefa!!! Prazerosa por que me leva inicialmente a uma viagem de mil matizes e sabores diversos vividos em minha infância e que sem dúvida nenhuma é à base desta minha “velhice” doce. Árdua por que ao embarcar nessa viagem não posso me omitir - nem que os pensamentos fujam aflitos - em rever meus “retratos em branco e preto”; rever em fim os “varadouros” percorridos com pés de chumbo, embora, quase sempre, com espírito de guerreira retirando os “balseiros” para continuar a jornada.

Vamos lá!

Eu sou a primeira filha de Ester Maia de Oliveira e Nilo Lemos de Oliveira, irmã de Glória (Lu) Concita e Dodôra; primeira neta do vovô Benedito e vovó Laura.








Na verdade a primeira neta mesmo foi minha querida prima Creusa, filha mais velha do tio Alan. No entanto, por questões que nunca fiquei sabendo os detalhes desses “arranca rabos familiares” entre a família da mãe da Creusa (tia Odiva) e membros\raízes dessa trupe Maia Pega Pinto, minha prima foi privada de freqüentar a casa dos avós paternos durante algum tempo. Por isso fiquei no reinado dos meus avós e de minhas tias e tios como se fosse a primeira e a única. Foi uma circunstância que me rendeu muitos dengos, segundo minha querida tia\mãe Zilma. Considerando ainda que o meu nascimento aconteceu no barracão dos meus avós em 10 de março de 1945 e onde permaneci durante toda minha primeira infância, criada por minhas tias Zilma e Áurea, que me cobriam de cuidados e carinhos enquanto minha mãe concluía seus estudos do magistério e trabalhava para ajudar no sustento da família juntamente com meu pai.

O vovô Benedito, embora já doente, também participava desses cuidados. Lembro com o coração alagado de emoção dos momentos que me acolhia em seu colo, sentado em sua cadeira de balanço postada em uma pequena varanda na entrada do barracão. Como o barracão era muito alto ele só permitia que eu ficasse na varanda se fosse ao seu colo. De lá ele ficava olhando a rua (e eu também) a espera de uma viva alma passar para trocar cumprimentos. Dessa varanda minha curiosidade de menina ainda avistava a casa do seu Tentem e de Dona Vicência, pais do Antônio Júlio que mais tarde casou com minha tia Zilma. Esses eram os únicos vizinhos do qual tenho lembranças e com quem o vovô sempre trocava algumas prosas.

A rua da nossa casa ficava animada de gente e aguçava a curiosidade de todos quando passava algum funeral. O barracão do vovô ficava bem próximo do cemitério (o único da cidade) e todos os funerais obrigatoriamente tinham que passar em frente a nossa casa. Lembro que era sempre um corre-corre na casa quando algum se aproximava. Todos queriam saber quem tinha morrido e de que. Eu não entendia bem o que significava aquilo tudo. Lembro que era confuso na minha cabeça infantil. Ainda mais que a explicação que meus pais, tios e tias davam a fim de atender a minha curiosidade era que “fulano ou beltrano tinha ido morar com papai do céu”. E eu perguntava: - Mas por que então enterrar se o céu era lá em cima? Por que então a gente não via a pessoa subindo? Não lembro das explicações dadas, só sei que esses mistérios povoaram minha infância.

Fui batizada com o nome de Djacira, nome escolhido pelo vovô Benedito, que no fundo torcia pela chegada de um rebento para o qual já havia escolhido o nome: João Batista. Minha mãe e meu pai haviam escolhido Djacir, caso fosse um filho homem como eles também desejavam. Como contrariei todas as expectativas da família o vovô acrescentou um “a” ao nome escolhido pelos meus pais e assim foi a origem do meu nome. Na verdade esse nome quase nunca eu escutava ser chamado, a não ser quando meus saudosos pais me repreendiam por alguma peraltice que eu havia feito. Os apelidos eram Dejá, Dejinha, Djacirinha, Dejoca, Deda, Dê e ficou Dedê, mãe Dedê, tia Dedê, vovó Dedê, até os dias de hoje. Gosto do meu apelido. Ele é na verdade parte de minha identidade.

A partida do vovô Benedito quando eu tinha três anos de idade foi minha primeira sensação de perda e minha primeira experiência com a “morte” no seio da família. Foi também minha primeira experiência com o mundo espiritual. Durante alguns dias, após os funerais do vovô, com muita tristeza e saudade envolvendo todos da casa, eu tive a sua companhia que embalava e confortava minha saudade inocente. Lembro que num desses momentos, eu estava à porta da cozinha do barracão, ao pé de uma escada muito alta, protegida por uma meia grade de madeira, quando avistei o vovô com a mesma roupa com que lhe tinham vestido para a sua partida: terno listrado de cinza e preto, calça preta, camisa branca, gravata preta e sua bengala inseparável que lhe ajudava em suas caminhadas. Ele vinha caminhando do fundo do quintal em direção ao barracão em passos bem lentos como muitas vezes lhe apreciei em vida. Tudo aquilo me parecia tão real que não me contive e gritei: - “O vovô! O vovô ta vindo ali! Eu vi!”. Lembro que foi um alvoroço! Todos ficaram muito preocupados comigo achando que eu estava tendo aquelas visões por ter presenciado a passagem dele, portanto impressionada. Naquele momento de minha vida, com apenas três anos de idade, não tinha o que argumentar com meus pais, tios, tias e minha avó Laura que tentavam me distrair dessa experiência (preocupante para eles) com carinhos e agrados. Guardei comigo essa experiência e a certeza de minha visão ao longo de minha vida como se guarda um tesouro.

Hoje, como aprendiz da espiritualidade dos seres e da comunicação com o mundo espiritual sei que realmente meu vovô Benedito estava ali. Como bom espírita que era creio que ele me escolheu naquele momento para afirmar a todos da família que a vida não é só material; que nossa existência continua no mundo espiritual que é o nosso mundo de origem e real. Nessa oportunidade de comunicação com vários membros dessa trupe, descendentes dos “Maias Pega Pinto”, crédulos e\ou incrédulos, embora tantos anos passados, eu repasso essa mensagem do nosso querido vovô Benedito.

Pouco tempo depois da partida dele a nossa vovó Laura adoeceu gravemente. Sofreu um derrame cerebral, doença essa que lhe impôs uma vida quase vegetativa. Era muito frustrante conversar com ela, pois nunca lembrava de mim. Aliás, de ninguém. Depois de muita insistência, afirmando quem eu era e tentando aguçar as suas lembranças ela exclamava: - Ah! Você é a Djacirinha! Logo depois caia em seu mundo solitário que sabe Deus em que universos navegava!

A vida continuou e nesse recanto da Amazônia Ocidental, que ainda era um território na época do meu nascimento cresci embalada pelas cantigas da lua que ajudava as minhas tias Zilma e Áurea a me criar




Tia Áurea



Tia Zilma


(... lua, luar toma essa menina e me ajuda a criar...); correndo pelo terreiro atrás dos pintos da vovó Laura; fugindo de casa e pegando carona na carroça do leiteiro para me embrenhar nas colônias (aventura essa que me custou muitos castigos); subindo nas mangueiras que sombreavam os quintais e as ruas tranqüilas da cidade; tomando sorvetes de cupuaçu e graviola na sorveteria do seu João Bodinho que era casado com a Regina, irmã da tia Maria, mulher do tio Tancredo; desafiando os meninos com minha bicicleta (nessa época se contava nos dedos quem tinha uma) para vê quem descia a ladeira da maternidade de mãos soltas; cursando o primário no Grupo Escolar Presidente Dutra onde minha mãe era a diretora e por isso exigências mais severas quanto a minha conduta; brincando de jogar “pedrinha” de mármore do cemitério durante os recreios; tomando as sopas suculentas e nutritivas (couve, jerimum, quiabo, maxixe, carne e arroz) da merenda escolar (isso que era merenda escolar!); comendo cajá, cajarana, goiaba, tamarindo, ingá; chupando manga, tomando abacaba, açaí, buriti, patoá, caldo de cana, tacacá; acordando de madrugadinha para ir ao mercado (hoje o Mercado Velho) onde meu pai tinha um armazém (“Casa Comercial Nossa Senhora Auxiliadora”)




a fim de tomar mingau de banana, comer bolo de macaxeira, beiju, tapioca e pão de milho ao leite da castanha da “vovó Olívia” (avó por parte de mãe do Tancra, Tancremildo, Mário César, Laura, Olívia e Digú).


Vó Olívia

As lembranças são tantas! Vejo-me ainda vendendo graviola para ir à matinê dos domingos assistir aos seriados do “batiman” no único cinema da cidade em frente à praça do palácio após levar uns bons “caldos” na piscina do Coronel Fontenele juntamente com meus primos Humbertinho, Creusa e Mariazinha (que depois virou o Casarão bar e restaurante, ponto de encontro dos intelectuais, artistas, estudantes, políticos, etc, etc,); me fartar com as comidas sírias (charutos e os quibes de forno) da tia Odiva e ter assistido a missa das nove horas. A missa era obrigatório e se não fosse não tinha passeios, brincadeiras, nada.

Muito vivas também as lembranças das brincadeiras com meus primos e primas nos animados e apetitosos saraus na casa do tio Tancredo e tia Maria. Eram momentos que reunia todos da família. Acho que os encontros dessa trupe Maia vem desde esse tempo. (continua. Aguardem a segunda parte).












Aniversário da Janaína: 18 de dezembro

Janaína Lucas Maia, filho do Tancremildo e da Lígia, neta de Tancredo e Maria, nasceu em 18 de dezembro de 1978. É casado com o Claiton e têm uma filha: a fofíssima Maria Eduarda.
Para Janaína toda felicidade, com muita paz, muito amor e muitas alegrias com a filhota e o companheiro neste Ano Novo.

Vejam a alegria da mãe e "fofisse" da Maria Eduarda.








4º galho Ester e Nilo: o galhinho da Dodora

Na postagem original do 4º galho os dados do galhinho (a feliz expressão é da Concita) da Dodora estavam "completamente" incompletos. Já os atualizei lá na postagem, mas achei melhor publicá-los também nesta nova postagem.

Aí vão:

Dodora nasceu em Rio Branco/AC, em 25 de fevereiro de 1952. É casada com Sebastião Siqueira Dutra (* 13 de fevereiro de 1954). e tiveram seis filhos (a Dodora também faz parte do grupo das mães parideiras da Trupe; lembram? aquelas que têm cinco filhos ou mais ganham este honorável título): Michelângelo Maia Dutra; Marianne Maia Dutra Balsells; Brunheld Maia Dutra; Gabriela Maia Dutra e Tiago Maia Dutra.

O Michelângelo nasceu em 25 de outubro de 1981, casou com Lídia Cardoso Sales (*27 de setembro de 1984)e têm um filho: Cauã Sales Maia Dutra que nasceu em 4 de abril de 2006.

Marianne nasceu em 8 de setembro de 1983, casou com Cláudio Costa Balsells (*16 de abril de 1977 e têm um filho: Mateus Dutra Balsells que nasceu em 30 de setembro de 2004.

O Brunhel nasceu em 3 de dezembro de 1985.

Gabriela nasceu em 19 de agosto de 1990.

O Tiaguinho ( A Concita ficou devendo os dados, mas vai mandar) já partiu e não está mais conosco.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

4º Galho: Ester e Nilo

Enfim o 4º galho.
Mês de dezembro, mês de aniversários. O blog resolveu registrar as datas, quando possível com fotos. Aliás tenho uma teoria para este grande número de nascimentos em dezembro. Se vocês fizerem as contas, verão que os nascidos em dezembro foram gerados em março, mês de carnaval, festas, alegrias, desinibições e muito nheco-nheco. Daí...
Já está mais do que em tempo de apresentar os dados dos descendentes de meus queridos padrinhos de batismo: tia Ester com quem também aprendi a gostar de ler (passava horas e horas na sala de sua cas lendo o Tesouro da Juventude que ela me incentivava ler) e tio Nilo com quem também aprendi a ver a vida pelo seu lado alegre, festeiro e que, sempre, é preciso celebrar a vida. Ah! que saudades desses mestres.

Abro os dados com esta foto que acho que representa muito bem o que foi a vida dessas duas figurinhas queridas.
Ester Maia nasceu em no Seringal Humaitá, perto de Rio Branco/AC, em 18 de junho de 1918 e faleceu, também em Rio Branco, em 7 de fevereiro de 2003, com 85 anos.
Casou com Nilo Lemos de Oliveira, caboclo, nascido nas cabeceiras do Rio Iaco, em 7 de setembro de 1917 e faleceu em 20.01. 1995); e passou a se chamar Ester Maia de Oliveira. Teve quatro filhas: Djacira, Glória, Maria da Conceição (Concita) e Maria Auxiliadora (Dodora).

Djacira Maia de Oliveira nasceu em Rio Branco/AC, em 10 de março de 1945. Djacira casou com Climério Coube e com quem teve três filhos: Maria Ester Oliveira Coube, Marcelo Oliveira Coube e Patrícia Oliveira Coube.

Maria Ester nasceu em Niterói/RJ, em 12 de setembro de 1965. Tem dois filhos: Lucas Coube Lemes (19), filho de Lourival Lemes; e a Luiza Coube Fontes (5), filha de Flávio Fontes.
Marcelo nasceu em Niterói/RJ, em 9 de janeiro de 1967.
Patrícia nasceu em Niterói/RJ, em 9 de abril de 1969. Tem dois filhos: Antônio (5) e Francisco (4), filhos de Paulo Borges.

Glória nasceu em Rio Branco/Acre, em 13 de novembro de 1947. Com Albertson Pádua Silva tem uma filha: Maringá Maia de Oliveira Silva; com Mauro Menezes e tem 3 filhas: Mariana, Raquel e Savana. Mora no Sana, município de Casemiro de Abreu/RJ.

Maringá nasceu em Rio Branco/AC, em 29 de julho de 1973. É casado com Knud (pronuncia-se Canú) e mora em Copenhagen.
Mariana nasceu no Rio de Janeiro/RJ, em 9 de dezembro 1979.
Raquel nasceu em 27 de agosto de 1981, no Rio de Janeiro/RJ onde mora e tem uma filha: Liz, que nasceu em 2005.
Savana nasceu em 6 de abril de 1985 no Rio de Janeiro/RJ e mora no Sana, município de Casemiro de Abreu/RJ.

Concita Maia nasceu em Rio Branco/AC, em 17 de setembro de 1949, em Rio Branco/AC. Com Francisco de Assis Dantas e com ele teve 2 filhos: Thor e Tiago Moreno. Com o Therry Aquino teve o Lucas Maná e com o Júlio Eduardo teve a Júlia Tainá.

Thor nasceu em Rio Branco/AC, 29 de outubro de 1993, na Maternidade Bárbara Heliodora. É casado com Fernanda e estão grávidos e estão esperando mais um da trupe Maia/Pega-pinto para 22 de julho de 2008.

Tiago Moreno nasceu em Rio Branco/AC, em 28 de janeiro de 1975. É casado com Débora Balzah e tem uma filha, Xanu Iara, nascida em 12 de setembro de 2004.

Lucas Maná nasceu em 25 de julho de 1979, em Rio Branco/Ac onde mora. Casou com Sthefanny e tem uma filha: Maná Yago que nasceu em 16 de junho de 2007.

Júlia Tainá nasceu em Rio Branco-AC, em 6 de junho de 1987.

Dodora nasceu em Rio Branco/AC, em 25 de fevereiro de 1952. Casada com Sebastião Siqueira Dutra (* 13 de fevereiro de 1954). Tiveram seis filhos (a Dodora também faz parte do grupo das mães parideiras da Trupe; lembram? aquelas que têm cinco filhos ou mais ganham este honorável título): Michelângelo Maia Dutra; Marianne Maia Dutra Balsells; Brunheld Maia Dutra; Gabriela Maia Dutra e Tiago Maia Dutra.

O Michelângelo nasceu em 25 de outubro de 1981, casou com Lídia Cardoso Sales (*27 de setembro de 1984)e têm um filho: Cauã Sales Maia Dutra que nasceu em 4 de abril de 2006.

Marianne nasceu em 8 de setembro de 1983, casou com Cláudio Costa Balsells (*16 de abril de 1977 e têm um filho: Mateus Dutra Balsells que nasceu em 30 de setembro de 2004.

O Brunhel nasceu em 3 de dezembro de 1985.

Gabriela nasceu em 19 de agosto de 1990.

O Tiaguinho já partiu e não está mais conosco.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Aniversário da Januária

Januária Maia de Araújo, filha de Olívia Maria Pinheiro Maia e José Araújo Filho, nasceu em Brasília - DF, em 11 de dezembro de 1975. A querida Juju é a representante da 5º geração no seleto grupo das mulheres parideiras da Trupe Maia/Pega-pinto. Damos este título àquelas mulheres que, sem desemerecer as que tiveram menos, tiveram cinco filhos ou mais. Na 4ª geração temos a Áurea Lúcia, filha da Áurea e Geraldo; na 3ª geração, temos Maria do Tancredo e Raimunda do Milton, além da matriarca das matriarca: Laura que bateu o recorde.
Voltando à Juju: é mãe da Marina, Lucas Gabriel, Júlia e Yasmim que está para chegar.
À Juju desejamos todos as alegrias do mundo com paz, saúde e amor, juntos aos filhotes queridos e ao seu companheiro Júlio.

Juju e todo o seu charme


Júlio, Juju e Tancredo

domingo, 9 de dezembro de 2007

Aniversário da Mariana

Mariana nasceu no Rio de Janeiro, em 9 de dezembro de 1979. É filha da Glória e Mauro e neta da Ester e Nilo e irmã da Maringá, Raquel e Savana.

Sua dinda Dedê Maia manda a seguinte mensagem:
"Minha querida afilhada, menina mulher, flôr amada,
Mesmo de longe canto um parabés pra você!
Mais uma pirmaverinha! Como o tempo passa voando... Parece outro dia te vi nascer! Quero te vê sempre firme esse nesse timão de tua vida linda. Só uma diquinha da madrinha: "o rio puxa, mas a água é mansa". Torço para que você deslize em sua longa vida sempre com os olhos do coração.
Te amo!
Luz, Paz, Amor, Harmonia!
Uma chuva de beijos no seu coração".


Nós também desejamos muita Paz, Amor e Harmonia.

Mariana com Raquel e Maringá, em foto de 2004

sábado, 8 de dezembro de 2007

Aniversário da Luciana

A vida me deu a alegria de ter duas noras e um genro muito queridos e, coincidentemente, todos bons mineiros: amorosos, serenos e bonitos (de corpo e alma).
Hoje, dia 8 de dezembro, é o aniversário da querida Luciana, atualmente morando em Gatineau/Canadá e que ao mudar-se para lá deixou muitas saudades naqueles que a conhecem, é companheira do Paulo, filho do Tancredo Filho.

Nasceu em Brasília/DF em 1977, é filha de Epaminondas e Maura e mãe da Carolina.

Mandamos aqui de Brasília os mais calorosas parabéns para aquecer o frio brabo que está passando próxima do Polo Norte.


sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Aniversário da Joana

Postado por Jandira:
"Joana Macedo Queiroz, a nossa meiga Joaninha, é filha mais nova de Mário Fernando Maia Queiroz e Marisa Macedo, neta da predileção dos avós Áurea Maia e Geraldo Lúcio Queiroz, nasceu em 7 de dezembro de 1983, em Brasília/DF.

É sempre uma festa quando a gente se encontra pelas "baladas" brasilienses. "E aí, Jandira?" ela sempre diz com esse lindo sorriso manso e encantador. Eu, no papel de "a prima corujona", tenho dificuldade em resistir a dizer pra quem esteja por perto: "não é linda?? não é uma fofurinha essa Joaninha??". Agarro nas bochechas dela com força, assim como aprendi com minha avó, e "reino" com ela. A meninoca fica meio sem-jeito, sabe... mas é a mais pura verdade, gente! Fazer o quê?

O pai dela, meu único legítimo tio por parte de mãe, é um durão. Às vezes tiro uma onda com ele, apesar do tamanho e da voz de trovão que assusta quem não conhece, e falo que ele é um "buldog". (Autoridade de sobrinha mais velha... hehehe) Mas nem é nada. É um doce de candura. Aí toca o celular e ele atende, todo meloso: "Joaniiiiiiinha! Vamos pra Goiânia? Vamos viajar?" Ela não perde a oportunidade.

Geóloga de primeira linha, ela adora curtir um mato e visitar comunidades pelos arredores do Planalto. Saída de campo é com ela mesma! E um bom samba na sexta-feira, também! Uma prova que vem, ela tá estudando firme. Festival universitário de música, com a mesma firmeza se agarra!

Ela é um tudo-de-bom! Não deixa de ser a "mineirinha-come-quieta", herança da mãe Marisa. Mas também é Maia, e representa muito bem as raízes acreanas. Diversa e intensa. Essa é a Joaninha!"
O blog da Trupe Maia deseja tudo de "mais bom" para a Joaninha, com mil beijos no coração.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Aniversário da Laura Maria

Hoje, 4 de dezembro, é o aniversário da Laura Maria, filha de Tancredo e Maria, mulher do Bené, mãe do Diogo, Janine, Edjane e Diogo e avó do João Gabriel e Ana Laura (filhos do André), Cauana (filha da Janine), Lucas e Arthur (filhos da Edjane) e Morena e Bia (filhas do Diogo). Êta netaiada! Não precisa contar, são sete.
Laurinha nasceu em Rio Branco/AC em 1951.
A Laurinha, sem dúvida, merece o título de Zen da quarta geração; cada dia que passa fica mais sábia, mais tranqüila e mais bonita. A chegada à melhor idade está lhe fazendo muito bem, agora ainda mais afinada e soltando, com maestria, a voz nas cantorias.
O problema atual é como ir visitar o Diogo que neste mês se muda para o Canadá onde está morando o Paulo, filho de Tancredo e Têca. Isto tudo porque a Laurinha não entra mais em avião, nem amarrada!
O blog deseja à Laurinha um feliz ano novo e, com muito carinho, apresenta uma serie especial do "Vamos abrir os nossos álbuns".
Laurinha em Cruzeiro do Sul
Com a mãe Maria e a irmã Olívia Maria

Com os irmãos Mário Cesar, Tancremildo e Tancredo


Tancredo e Maria, Laurinha e Tancremildo



3 x 4 do tempo do Colégio São José


Livinha, Maria e Laurinha na praia da Base.

Para que os leitores não telefonem pedindo fotos mais recentes:
Soltando a voz afinada, com Tancredo, Olivía Maria e Mário Cezar



Com Tancredo e Bené, ao fundo


Laurinha e Livinha


O sorriso mais bonito!